A escrita e sua simbologia histórica

escrita simbologia historica

Um documento da Antiguidade egípcia representa Thot a extrair os caracteres da escrita do retrato dos deuses. Assim, a escrita surge à imagem de Deus, tem uma origem sagrada; depois, identifica-se com o homem. É o sinal visível da Atividade divina, da manifestação do Verbo.

Alguns esoteristas muçulmanos consideram as letras do alfabeto elementos constitutivos do próprio corpo de Deus. Na Índia, Saravasti, a xácti de Brahma, deusa da palavra, é também designada deusa-alfabeto: as letras se identificam com as partes do seu corpo.

A guirlanda de cinquenta letras ostentada por Brahma, produtor da manifestação, tem o mesmo sentido: ler as letras em ordem alfabética é anuloma, a evolução (shristi); lê-las na ordem inversa é viloma, a reintegração (nivritti).

O nome da divindade suprema entre os hebreus (Jeová), bem como entre os árabes (Alá), compõe-se (na língua original) de quatro letras, determinação quaternária da Unidade.

A gnose muçulmana estabelece uma relação entre elas e os quatro elementos, os quatro pontos cardeais, os quatro Anjos da glorificação. Repetindo as palavras de São Martinho, talvez se possa dizer que as quatro letras essenciais exprimem as qualidades ou a potência divinas, e que o alfabeto desenvolvido representa a produção do Verbo (anuloma).

O Islã considera, além disso, sete letras supremas, homologadas às sete Inteligências ou Verbos divinos. As 28 letras do alfabeto completo (28, que é quatro vezes sete) são o homem integral — corpo e alma; são também as 28 mansões lunares; todavia, como especifica Ibn Arabi, não são as mansões que determinam as letras, mas justamente o inverso. Aliás, todo um simbolismo é extraído do fato de que a Shafaada (o Testemunho fundamental do Islã) comporte quatro palavras, sete sílabas e doze letras.

Na realidade, a criação é vista como um livro, cujas letras são as criaturas. "Nada existe no mundo", escreve Abu Ya'qub Sejestani, "que não possa ser considerado uma escrita".

O Livro do mundo exprime, de resto, a unicidade da Mensagem divina primordial, da qual as Escrituras sagradas são as traduções específicas. Notemos ainda que, tanto na Cabala hebraica quanto no esoterismo muçulmano, cada letra corresponde a um número, que determina, assim, as relações simbólicas entre os elementos da manifestação.

O simbolismo cosmológico das letras, aliás, parece ter sobrevivido no ritual do alfabeto, praticado no momento da consagração das igrejas católicas, ritual que evoca a dominação da Igreja sobre as dimensões do espaço e do tempo.

Tratando-se, na ocorrência, dos alfabetos grego e latino, os dois principais instrumentos da liturgia do Oriente e do Ocidente, pode-se dizer que também se tratava de simbolizar a união de judeus e gentios, a escrita dos dois Testamentos, "enfim, os próprios artigos de nossa fé".

É evidente que o simbolismo das letras, assim considerado, dá às Escrituras sagradas uma pluralidade de sentidos hierarquizados, que Dante fixou em número de quatro. O Alcoráo tem sete. Na verdade, o obscurecimento progressivo de alguns desses sentidos não deixa de estar relacionado com a alteração sofrida pela própria escrita.
Os hieróglifos e os ideogramas primitivos são a tradução de uma linguagem divina e certamente ritual. A alteração dos ideogramas — particularmente sensível na China — retira-lhes esse valor.

Aliás, a ciência das analogias fonéticas, familiar não apenas aos chineses, como também aos hindus (nirukta), e mesmo a Platão (ela é evocada no Crátilo), é um elemento simbólico precioso, embora possa velar-se facilmente, por causa de sua aparente ausência de lógica.

O estudo da linguagem e mesmo da gramática — para um Patanjali, ou um Bhartrihari — pode ser um exercício de ordem espiritual, uma verdadeira ioga. A Índia (tanto a hinduísta quanto a budista) faz até hoje uma ampla utilização ritual dos ideogramas e caracteres.

São utilizados no traçado (as raízes da escrita são, por si mesmas, de resto, verdadeiros iantras). O tantrismo situa-os, enquanto sílabas-germes (tattvabija) — ou seja, em sua qualidade de fixação das maneiras — em cada um dos centros sutis do ser.

Da mesma maneira, os siddha, caracteres simbólicos do Vajrayana, são representações de Buda ou de outras figuras sagradas, e entram, a esse título, na mandala.
Ainda que de modo sumário, deve-se mencionar os iletrados, categoria em que se incluíram numerosos mestres espirituais (como o próprio Maomé, o patriarca zen Huei-neeng e, mais próximo de nós, o grande místico Ramakrishna); a condição de iletrado é, evidentemente, o inverso da ignorância — simboliza a percepção intuitiva imediata das Realidades divinas, a liberação das servidões do literalismo e da forma.

Se a escrita chinesa é essencialmente simbólica, é porque não utiliza signo algum a que se possa dar apenas o simples valor de um signo. Os chineses desejam que em todos os elementos da linguagem — sonoros e gráficos, ritmos e senten-ças — sobressaia a eficiência própria dos símbolos.

Por esse meio, a expressão figura o pensamento, e essa figuração concreta impõe o sentimento de que exprimir não é evocar, mas realizar. Assim, pode-se dizer que tanto o escrever quanto o falar, em chinês, são sobretudo a preocupação com a eficácia, e não apenas uma obediência a necessidades de ordem estritamente intelectual. O mérito dessa escrita figurativa que permite todas as expressões de pensamento, até mesmo as mais científicas, reside no fato de ela permitir que se dê às palavras sua função de força atuante.

O poder da escrita na China é de tal importância que a caligrafia sobrepujou a pintura. Eis o que diz da arte da escrita o príncipe dos calígrafos chineses, Wang Hsichih (321-379):

"Cada traço horizontal é uma massa de nuvens em formação de combate; cada gancho, um arco entesado de uma força rara; cada ponto, uma rocha a tombar de um elevado cume; cada ângulo pontiagudo, uma escápula de cobre; cada prolongamento de linha, um venerável galho de sarmento; e cada traço livre e solto, um corredor prestes a saltar."
Os egípcios tiveram muitos tipos de escrita. Os hieróglifos, esculturas sagradas, constituíam uma escrita monumental. Inicialmente, eram ideogramas (imagens de ideias), mas também desempenharam o papel de letras. "O sistema da escrita repousa sobre a combinação, nos vocábulos, dos sinais figurativos e dos sinais fonéticos. Noutras palavras, os hieróglifos são desenhos de objetos diversos, reproduzidos dos três reinos da natureza, dos oficios, das artes etc, e que exprimem, alguns, ideias, e outros, sons.

Dividem-se os sinais ideográficos em figurativos e simbólicos". Os primeiros falam de si mesmos: o desenho de um leão deitado designa um leão; e os segundos "exprimem ideias abstratas que não seria possível mostrar, a não ser através de imagens convencionais ou alegóricas. Assim, dois braços, um armado de escudo, o outro de lança, designam a guerra, o combate".

O pensamento egípcio desenvolvia-se, portanto, na base de uma estrutura de símbolos, aos quais se atribuía mais do que o valor de um sinal convencional, porém que se impregnaram de uma força mágica e de um poder evocador.

A escrita hierática foi uma simplificação e uma abreviação da precedente; era empregada nos papiros e nos atos da vida civil: lê-se da direita para a esquerda, sobre linhas horizontais. Somente os textos sagrados continuaram a ser escritos em hieróglifos lineares, grafados na vertical, em forma de colunas.

A escrita demótica (simplificação da hierática, e com ligaturas, que nesta não havia) deriva da segunda, mas é extremamente difícil de decifrar. Serviu sobretudo aos atos civis, embora também tenha sido usada em textos mágicos (ibid., 181). Finalmente, existe uma escrita secreta, de caráter essencialmente fonético, que pratica a homofonia e o trocadilho, e que não é acessível senão aos iniciados ou aos afortunados pesquisadores que conseguiram estabelecer relaçóes entre essa e as demais escritas, violando assim o segredo dos símbolos.

O conjunto de documentos que se possui sobre o mundo celta da Antiguidade prova que os celtas conheciam e utilizavam a escrita. Entretanto, não lhe concediam o valor absoluto de arquivo e de meio de ensino que as nossas sociedades modernas lhe atribuem. Com efeito, o que está escrito fica definitivamente fixado, sem nenhuma modificação possível, porém o saber deve transmitir-se e renovar-se a cada nova geração.

A escrita era da alçada do deus dos laços (cadeias), Ógmios, e tinha pleno valor mágico. Constituía até mesmo uma sanção de muita gravidade, pois a maldição escrita tinha consequências infinitamente mais duradouras do que a simples encantação falada ou cantada.

De resto, a complexidade e a dificuldade da escrita irlandesa primitiva — os ogam — eram de tal ordem que tornavam proibitivo alongar um texto. Os que existem, e que se conhecem, são inscrições funerárias muito breves, mencionando quase unicamente o nome do defunto.

Todavia, apesar de todos os esforços realizados para erigi-la em imagem de Deus, em tradução do Cosmo, e, além disso, para divinizá-la, a escrita surge também como um substituto degradado da palavra.

A história da escrita não remonta a mais de 6.000 anos. Os grandes mestres — Sócrates, Buda, Jesus Cristo — não deixaram escritos. Ela simboliza uma perda de presença: a escrita chega quando a palavra se retira. É um esforço para encapsular o espírito e a inspiração: a escrita permanece, como um símbolo da palavra ausente.

O fundador da linguística moderna, Ferdinand de Saussure (1857-1913), distinguiu claramente: linguagem e escrita são dois sistemas diferentes de sinais: a única razão de ser do segundo é representar o primeiro.

Ela materializa a revelação, corta o vínculo humano, substituindo-o por um universo de signos. Para reativar a revelação, é preciso uma presença falante. Não se escreve nas almas com uma pena, dizia Joseph de Maistre. Jean Lacroix resume bem esse valor simbólico da escrita, por oposiçáo à linguagem: um esforço indireto e perigoso para reapropriar-se simbolicamente da presença.

Simbologia das letras

Segundo a tradição da Cabala, as letras do alfabeto hebraico contêm uma força criadora, que o homem não pode conhecer: Ninguém conhece sua ordem (verdadeira), porque os parágrafos da Torá (a Lei) não são indicados na sua ordem justa. Caso contrário, quem os lesse poderia criar um mundo, reanimar os mortos e fazer milagres. É por isso que a ordem da Torá é oculta e só é conhecida por Deus.

No livro Bahir, que se apresenta sob a forma de um midrach (reunião de sentenças), encontra-se uma teoria das vogais e das consoantes concernentes à língua hebraica.

As vogais da Torá sem as consoantes são comparáveis à alma da vida no corpo do homem. Esse comentário do livro Bahir aparece pela primeira vez em Juda Ha-Levi. Segundo Gershom G. Scholem, "as vogais representam o psíquico em oposição ao hílico figurado sem as consoantes".

As vogais parecem comparáveis a pontos, portanto a círculos, e as consoantes têm forma quadrada. Disso podem-se estabelecer correlações: "Deus-alma-vogal-círculo e tribos-corpo-consoantes-quadrados".

Em numerosos alfabetos ou grupo de signos gráficos, as letras ou signos correspondem às fases da Lua: isso se dá entre os babilônios, os gregos, os escandinavos.

Tanto na tradição islâmica como na Cabala, uma ciência muito desenvolvida sobre as letras baseia-se no seu valor simbólico.

Para os hurufis, adeptos desta ciência, o nome não é senão a própria essência da coisa nomeada; ora, os nomes estão todos encerrados nas letras do discurso. Todo o universo é o produto dessas letras, mas é no homem que elas se manifestam.

As letras que Deus ensinou a Adão sáo em número de 32. Algumas perderam-se. Dessas 32 letras, uma grande parte encontra-se nos livros revelados. É assim que se verificam 22 no Pentateuco, 24 no Evangelho, 28 no Coráo.

As 28 letras têm também um valor numérico, que foi observado pelos diversos profetas. Combinações diferentes são possíveis, contendo uma série de verdades sutis.

Assim o aleph, primeira letra do alfabeto, tem a precedência no arranjo e combinação das 28 letras: em número, vale Um. Ora, a unidade é também um atributo de Deus; é por isso que se encontra essa letra no começo do nome de Alá e de Adão, porque "ela abrange todas as coisas".

Para os hurufis, Deus é uma força que se traduz por um verbo, isto é, um fonema, uma voz; ela se exprime pelas 32 letras do alfabeto arábico-persa, e o som articulado por meio delas é a Essência de Deus. As 32 letras são as aparências do Verbo em si: são os atributos inseparáveis de sua Essência, tão indestrutíveis como a Verdade Suprema.

Como a pessoa divina, estão imanentes em todas as coisas. São misericordiosas, nobres e eternas. Cada uma está invisível (oculta) na Essência divina. O rosto de Adão (ou do homem) é a representação exata da Face de Deus, mas com a condição de que se saiba analisar as suas linhas.

Assim, sobre este rosto há sete linhas (cílios, sobrancelhas, cabeleira), que, multiplicadas pelo número dos elementos, resultam em 28, número das letras do alfabeto árabe. Da mesma forma, há sete signos (ayat) na primeira surata do Coráo.

No que concerne às misteriosas letras isoladas do Corão, são, diz o professor Massignon, "siglas de classes de conceitos soletradas ao Profeta em sonho. De qualquer maneira, as letras do alfabeto foram concebidas muito cedo como uma materialização da Palavra divina".

Segundo Abd ar-Rahman al-Bistami, mestre sufista, as letras do alfabeto devem ser divididas, segundo os quatro elementos, em letras aéreas, píricas, terrestres e aquáticas. Considerados seu valor numérico e sua natureza fundamental e astral, as letras permitem chegar a conhecimentos esotéricos inacessíveis por outras vias; elas substituem, de algum modo, a revelação, fazendo explodir diante dos olhos admirados do místico as salutares luzes do kashf (o desvelar-se das verdades divinas) e da percepção dos acontecimentos ocul-tos, no passado, presente e futuro.

A especulação esotérica muçulmana teve curso livre nessa área. Acarretou, por outro lado, toda uma ciência, a adivinhação fundada nas letras e suas correspondências.

Apresentamos um exemplo disso na palavra da'w-ah. A letra aparece como o símbolo do mistério do ser, com sua unidade fundamental oriunda do Verbo divino e com sua diversidade inumerável resultante de suas combinações virtualmente infinitas; é a imagem da multidão das criaturas, e até mesmo a própria substância dos seres nomeados.

As letras do antigo alfabeto irlandês, ogam, eram simples riscos horizontais ou oblíquos, traçados perpendicularmente nos dois lados, à direita e à esquerda, ou pelo meio de uma linha vertical que servia de pilar. Mas os textos fazem crer em inscrições mais longas (uma ou duas frases) sobre a madeira, de intenções divinatórias ou mágicas: são, a cada vez, sortilégios que, pelo subterfúgio da escrita, fixam uma maldição, uma proibição ou uma obrigação sobre o nome de alguém.

As letras do ogam, muito simples de desenhar (não possuem nenhuma curvatura), são feitas, no começo, para serem gravadas em madeira. Elas constituem um alfabeto vegetal, cada letra recebendo um nome de árvore. A designação irlandesa corrente desse alfabeto agrupa as três primeiras letras B, L, N (as vogais são classificadas à parte): B (beith bétula), L (luis olmo), N (nin freixo). A tradição atribui essa invenção ao deus Ógmios, que representa o aspecto sombrio da divindade soberana primordial.

Mas o alfabeto ogâmico nunca foi usado para a transcrição de textos ou para a transmissão de um ensinamento qualquer (unicamente oral). É possível que ele seja o resultado de um empréstimo do alfabeto latino e da adaptação deste a um sistema de escrita arcaica. Simboliza, em todo caso, a parte mágica e sombria da tradição céltica: Cuchulainn grava os ogam sobre um ramo de carvalho, e todo o exército da Irlanda se detém.

O druida Dalan grava sobre madeira de teixo, e encontra o lugar onde está Etain, a rainha da Irlanda raptada pelo deus Midir. Grava-se o nome do morto em ogam, para fixá-lo na sua sepultura e ordenar-lhe que não se misture mais com os vivos.
Os celtas conhecem, entretanto, a escrita comum (os gauleses utilizavam o alfabeto grego), mas ela não podia ser usada para a transmissão de uma tradição que devia permanecer viva e, por isso, oral, porque a escrita mata o que torna imutável.

É por essa razão que não existe nenhum texto gaulês, com exceção das inscrições em pedra ou em bronze (como também em moedas). A forma das letras deu lugar a pesquisas históricas e comparativas das mais interessantes.

Segundo W. F. Allbright, a primeira letra da maioria dos alfabetos antigos, aleph (a) representaria uma cabeça de touro; a segunda, beth (b), uma casa; o heth (h), um homem rezando; o mem (m), a água; o nun (n), uma serpente; o tau (t), uma cruz etc.

A maior parte das letras, na sua origem, seria o desenho de um animal, um gesto humano, uma realidade concreta.

A Cabala edifica, sobre as formas das letras, inumeráveis especulações cosmogônicas e místicas. O aleph evocaria a coroa suprema, a ponta da direita dirigida para cima, designando a Sabedoria, a ponta da esquerda virada para baixo, correspondendo à mãe que amamenta o seu filho; ou ainda, a parte superior designaria o começo ou a Sabedoria, cujo poder engendra todas as coisas; a barra central seria o Intelecto, Filho da Sabedoria; o signo da parte inferior marcaria o fim de uma evolução, a Ciência, ela própria filha do Intelecto.

O aleph reuniria assim a origem e o fim de toda vida superior: esta letra simboliza a espiritualidade. É também a primeira letra do alfabeto.

A letra seguinte, beth, é a casa da Sabedoria, que se manifesta de inúmeras maneiras, seguindo diversas vias ou veredas; é o selo de Deus que se imprime sobre os seres; essa casa assim marcada está aberta, à esquerda, às influências espirituais do aleph e fechada, à direita, para deixar amadurecer em si os germes da Sabedoria: É pela Sabedoria que se constrói uma casa, pela prudência assentam-se as suas fundações; pela ciência enchem-se seus celeiros de todos os bens preciosos e desejáveis (Provérbios, 24, 3).

A sexta letra, vav, é comparada com a coluna do mundo, com um rio a molhar as plantas do jardim, com a árvore da vida, com uma chama que se alonga, com um raio de luz, com uma cabeça etc. Poder-se-iam multiplicar ao infinito esses exemplos de uma exegese baseada na lógica das metáforas, das homonímias, das analogias, mas nem sempre na dos símbolos. A imaginação, por mais rica que seja, não é sempre simbólica.

 

 

Fonte: Livro Dicionário dos Símbolos, por Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, editora J.O.


Página atualizada na Agência EVEF em 29/03/2022 por Everton Ferretti